Entrevista #1 - Bráulio Bessa

Por Rogério Fernandes Lemes
Foto: Enviada pelo artista.
Poeta Bráulio Bessa seja muito bem-vindo à primeira edição do Jornal daBiblio, um periódico mensal, gratuito e digital. Sou Rogério Fernandes Lemes e, há um bom tempo, acompanho seu trabalho na grande mídia e acredito que sua gentileza em nos conceder esta entrevista terá grande importância entre nossos autores e leitores por todo o Brasil e em mais 16 países, entre eles México, Chile, Argentina, Moçambique, Paris e Suíça.

1. Pois bem! Quem é Bráulio Bessa?

Resp.: Bráulio Bessa é um comedor de rapadura; um comedor de cuscuz do Alto Santo Sertão, interior do Ceará, ali da Rua dos Alípio, mais conhecido como “beiço do rio”; filho de Ana Lídia e de Evaristo; neto de seo Dedé sapateiro e de dona Maria. Essa é forma como se apresenta no interior né? É dizendo de quem é filho, de quem é neto, onde mora e, além disso eu sou um sonhador, sou um romântico, sou menino atrevido ainda, sempre fui muito atrevido, muito sonhador e algum que sempre acreditou que podia viver de poesia. E quando eu digo viver de poesia não é ganhar dinheiro com poesia, ficar rico com poesia não, eu sempre acreditei que, sim, um dia eu ia viver da minha arte, que ia conseguir impactar a vida das pessoas, que eu ia transformar vidas através do que faço e fazer o bem, servir para alguma coisa.

2. Quais os principais desafios dos poetas brasileiros?

Resp.: Eu acho que o maior desafio dos poetas brasileiros é aproximar as pessoas da poesia. Acho que durante muito tempo a classe distanciou a poesia das pessoas. Chego a arriscar que o que eu percebi é que muito poetas escreviam para impressionar outros poetas e não para tocar as pessoas. E não. Eu acho que a gente tem que aproximar; tornar a poesia realmente popular. A poesia é Pop. As pessoas é, muita gente gosta de poesia e nem sabe. Então, acho que o maior desafio hoje é esse: é aproximar a poesia das pessoas; é chegar e apresentar a nossa arte e ter espaço, em toda parte. Eu sempre digo que a poesia, se você tem uma oportunidade de mostrar pra alguém, ela não chega e bate na porta não, ela dá um chute, arromba, entra e se instala. E pra tirar é difícil. Então a gente só precisa ter a oportunidade pra mostrar que o povo brasileiro ama a poesia.

3. Como você vê a ascensão da internet e a ideia da diminuição crescente do livro impresso?

Resp.: Olha, a internet eu tenho uma gratidão muito grande. O artista popular nordestino; o poeta popular nordestino ele vai para a feira declamar o seu poema, o mais alto possível para chamar atenção das pessoas. E eu olhei para a internet em 2012 e disse: “taí a maior feira do mundo”. Não fecha hora nenhuma, tem todo tipo de gente o que eu falar aqui no Alto Santo, no Alto Sertão do Ceará alguém vai poder consumir, se emocionar em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Tóquio, em Berlim, em Nova York no mesmo momento sem que eu precise me distanciar das minhas raízes. Eu fiquei encantado por essa possibilidade que a internet dava; que a rede social dá: de você se tornar protagonista. De que você sai do papel só de receptor, de alguém que só recebe informação para gerar conteúdo e para espalhar conteúdo. Sou muito grato à internet por isso. Tive essa sacada de gravar vídeos com poesia para a internet porque acredito muito que o poder da poesia, falada, é muito maior do que só escrita. Então daí veio essa força muito grande do que eu faço. “Ah, tem um cabra que declama poesia com uns vídeos na internet e a poesia de cordel e é muito forte e a forma como ele declama é muito bonita” e, assim, surgiu a internet como uma ferramenta de espalhar a poesia de um poeta que não tinha oportunidade, alguma, de um dia lançar um livro. Eu enviava e-mails para inúmeras editoras do Brasil pedindo uma oportunidade para lançar um livro e nunca ninguém me respondia, nem dizendo que era ruim, e aquilo me colocou diante de uma situação: eu tenho que buscar outras alternativas e, como meu avô dizia, “é a dor que ensina a gemer” e eu gemi para o lado da internet e, por isso, essa gratidão tão grande. Agora, é claro que o livro, o cheiro do livro, esse contato, essa possibilidade de tá com o livro, lendo um livro numa rede debaixo de um pé de cajarana, se balançando, existe um sentimento e um mar de sensações que são inexplicáveis. Eu sou um leitor. Eu adoro ler. Como viajo muito e estou sempre em aeroportos quase todas as vezes que eu passo em um aeroporto eu entro em uma livraria e compro um livro e fico muito grato de hoje, por exemplo, poder também viver esse outro fenômeno, e ter lançado meu primeiro livro em abril do ano passado e ficar, em média, nove horas e meia a dez horas autografando livro pra todo tipo de gente, de todo tipo de idade, de todo tipo de classe, enfim, eu fico muito feliz hoje em tá numa fila de autógrafos e vê uma criança de cinco anos que vem e declama um poema meu decorado de cabeça e, depois dela, ela vem pegada na mão o avô, de noventa anos, diz também que me adora, que adora meus poemas, enfim, porque eu acredito muito que é muito importante em nosso país você estimular o gosto pela leitura numa criança, mas você resgatar o gosto da leitura num idoso é muito forte e mágico também, né? Então, eu acho que tem essa relação, eu tenho essa relação muito próxima, tanto com o livro, quanto com a internet e sou muito grato aos dois.

4. Fale-nos um pouco sobre a ideia do Poema com Rapadura?

Resp.: Poesia com rapadura surgiu por um acidente. Eu fui convidado para ir na televisão, pra falar sobre o meu ativismo em defesa da cultura nordestina, não foi como poeta, enfim, mas eu estava em um programa de televisão na maior emissora de TV do país, ao vivo, eu disse: “eu vou declamar um poema” e declamei. E quando eu declamei a poesia as pessoas se levantaram e bateram palmas. No final, o Diretor-Geral do programa Maurício Arruda, que hoje é um grande amigo, chegou pra mim e falou: “Nossa! Que lindo isso que você fez. Você escreve sobre tudo”? E, na hora, eu disse: “Escrevo. Eu sempre tive um sonho de transformar a vida das pessoas através da minha palavra; através do que eu escrevo e se eu tiver uma chance, eu vou fazer isso”. E aconteceu. No programa seguinte eu escrevi um novo poema sobre um dos temas lá no Encontro, com Fátima, e foi um sucesso novamente. Eu tô lá há três anos e meio, toda sexta-feira e sexta-feira se tornou um dia já marcado, que existe um encontro com a poesia e o povo brasileiro. Agora em dezembro, aliás, em janeiro saiu uma nota, foi feito um levantamento, o meu quadro “poesia com rapadura” no Encontro, com Fátima Bernardes, foi o conteúdo mais assistido de toda a plataforma digital da Rede Globo e eu fui o artista, consequentemente, mais assistido de toda a plataforma digital de entretenimento da maior emissora de TV do país. É um poeta popular, nordestino, que nunca foi de televisão, nunca foi da rádio, nunca foi desse mundo das artes, da mídia e isso é incrível. E isso é mágico. Você alcançar uma marca de mais de cento e quarenta milhões de visualizações com poesia, e poesia popular brasileira, poesia popular nordestina, literatura de cordel e alguém que até um ano atrás era teoricamente invisível numa cidadezinha pequena no interior do Ceará. Então isso é mágico. Eu fico encantado, sim, por esses números porque eu acho que causam um impacto muito profundo dentro da própria plataforma de mídia, de se entender que existe, sim, um público no Brasil pra consumir cultura popular regional, cultura popular de raíz. Então, poesia com rapadura hoje, pra mim, tenho como uma grande oportunidade, mas também como um grande ato de coragem de toda semana ter que escrever algo inédito e chegar lá e declamar, ao vivo, com meu rosto, minha alma, minha voz, meu corpo e, principalmente, a minha essência, a minha alma. Por isso é que é de uma responsabilidade muito grande. Eu vou seguindo. Eu acho que tem feito bem a muita gente e, como eu sempre digo, a gente vem pra esse mundo doido sem trazer nada, vai embora sem levar, mas a gente pode deixar alguma coisa boa. Eu acho que a minha poesia tem sido essa missão: de deixar alguma coisa boa.

5. Quais os nomes de poetas e escritores que imprimiram, em sua carreira, fortes marcas literárias?

Resp.: Eu sempre cito e falo de Patativa do Assaré eu tenho um Patativa tatuado na minha alma, no meu corpo. Foi através de Patativa que tive meu primeiro contato coma poesia, na sala de aula através de uma professora que passou um trabalho sobre a vida dele, e é um poeta popular, sertanejo, do interior do Ceará também, que falava de forma matutada, e de forma tão simples falava de amor, de saudade, de paixão, mas também falava de desigualdade social, de corrupção, da problemática da seca, da fome, da miséria, denunciava a corrupção. Patativa defendia o povo dele através da palavra e aí, tendo esse contato, eu botei na cabeça que ia ser poeta também igual a ele, e que um dia ia poder fazer o que ele fez. E ele foi, e é minha grande influência. Uma influência muito forte no meu surgimento como poeta, no surgimento do interesse pela poesia. Agora, é claro, depois disso fui tendo contato com inúmeros outros poetas que eu admiro muito e que tem uma influência muito forte dentro de mim. O próprio Jessier Quirino, Chico Pedrosa, é muita gente que merecia, inclusive, muito mais espaço na mídia. Lourival Batista [também conhecido por Louro do Pajeú], Pinto do Monteiro [Severino Lourenço da Silva Pinto]. Os cantadores de viola Roberto Alves do Alto Santo e uma geração nova, Vinícius Gregório, Henrique Brandão e, muita gente, mas muita gente boa que merece, sim, muito mais espaço. E é interessante essa história da influência porque Patativa influenciou muito no surgimento do Bráulio Bessa escritor, poeta e tal, agora, quando eu ouvi pela primeira vez Cordel do fogo encantado, com Lirinha, e eu vi Lira declamando um poema pela primeira vez, eu fiquei apaixonado pela declamação, pela força que ele dava ao texto e foi quando eu comecei a declamar poesia também. Então, eu tenho esses dois grandes influenciadores na minha construção como poeta. Patativa do Asseré no meu surgimento como poeta, como escritor e Lirinha, do Cordel do fogo encantado, no meu surgimento como um declamador.

6. Recentemente você postou um vídeo na internet em resposta ao etnocentrismo de alguns brasileiros sobre o povo nordestino. A que se atribui, na sua concepção, a ideia de superioridade que existe em partes do Brasil? E qual o papel da poesia e do poeta neste cenário?

Resp.: Chico Anísio sempre dizia, quando foi perguntado sobre humor, e ele disse: “humor é tudo, até engraçado”. E quando me perguntam o que é o cordel, já que eu escrevo cordel, eu digo: “cordel é tudo, até poesia”. Cordel é um grito, é uma forma, sim, uma ferramenta social, uma ferramenta pra que você aborde qualquer tema que esteja sendo debatido, e sobre essa situação do preconceito, da xenofobia, isso aí sempre teve muito presente no meu trabalho como ativista da cultura nordestina; a criação da minha página “Nação Nordestina”, em 2011, surgiu da necessidade de uma resposta pro povo nordestino mostrar o que é que tinha de bom e usar a poesia pra responder, usar a poesia pra combater o preconceito, pra combater a discriminação, pra combater a xenofobia. Isso aí era uma missão que eu já carregava há muitos anos. Quando eu disse aí que eu tinha um sonho de transformar vidas através da poesia, justamente era a possibilidade de poder falar e abordar assuntos de uma importância social como drogas, como homofobia, racismo, corrupção, a própria xenofobia, discriminação, violência. Então quando eu via a oportunidade de falar sobre o preconceito sofrido pelo meu povo, através de poesia, eu disse: “não pode existir uma linguagem melhor”. Usar a literatura de cordel, um elemento que tem uma força muito grande dentro da nossa cultura e que, sim, é uma manifestação cultural muito rica, muito sofisticada. Eu acreditei muito nessa coisa que, a força da coisa em forma de poesia, ia chegar mais longe. As pessoas iam dizer: “Rapaz, pensa num cabra sabido e eu gostei do que ele disse. Esse cabra me representa”.

7. Acredito que o começo de sua carreira não foi diferente da maioria dos brasileiros. Mas você venceu as principais barreiras e hoje é um poeta conhecido não apenas no Brasil. O que foi necessário acontecer na sua vida para que essa realidade fosse possível?

Resp.: Primeiro que eu fiquei feliz quando eu li aí na pergunta que hoje eu sou um poeta conhecido não apenas no Brasil, não sabia que eu era conhecido fora também. Já fiquei feliz aqui (risos). Eu sou nascido e criado numa cidade muito pequena, no interior do Ceará, onde como eu digo aqui “nós somos, teoricamente, invisíveis. Invisíveis para o Poder, invisíveis pra mídia, pro Governo, pras grandes empresas, e isso dificulta muito. Dificulta muito a possibilidade de você ser visto e poder mostrar alguma coisa boa. Eu comecei a escrever poesia muito novo; eu tinha quatorze anos de idade. Na época a minha cidade não tinha nem rádio. Então eu não tinha muito pra onde ir, pra onde tentar mostrar o que eu fazia. Uma vez escrevi um poema sobre a minha cidade e teve um comício; um comício de governador, deputado lá, que era quando juntava muita gente na praça e eu fui pedir pra declamar; criei coragem, ensaiei e fui pedir pra declamar esse poema em homenagem a minha cidade e lembro muito que, nem olharam pra mim direito e desconsideraram, e disseram que não podia; que aquilo não era lugar de menino; não era lugar de criança. Então eu tive muita dificuldade para conseguir mostrar o meu trabalho; pra conseguir fazer com que a minha arte, a minha poesia chegasse até as pessoas. E como eu falei na resposta anterior. A internet teve um papel fundamental nesse processo e tem hoje. Você tira que aí hoje em dia, a cada dia, surgem novos talentos através da internet que você não conhecia e que jogam um vídeo na internet e viraliza; jogam textos, criam sites, enfim. Eu acredito nessa democratização, nesse poder de igualdade, de oportunidade que a tecnologia tem nos dado e, paradoxalmente, que tem dado essa oportunidade pro povo de mais pra dentro, do interior, das pequenas cidades, de sim, poder ser visto. Tive essa dificuldade, no início, mas depois que o povo viu, aí como eu disse, o povo ama poesia, o povo adora poesia e nem sabe. Quando tem o primeiro contato aí chuta a porta e entra pra dentro e foi assim que aconteceu.

8. O que você diria à juventude brasileira a respeito da leitura?

Resp.: Olha, o nosso país é uma país desestimulado à leitura. Eu acho que a juventude é muito inquieta; ela é muito impaciente. O que eu vejo hoje é que eu crio conteúdo pra internet, por exemplo, e vídeos pra internet o que se indica, por quase todo especialista, é que o vídeo tenha menos de quatro minutos porque as pessoas são inquietas e ninguém consegue parar quatro minutos, mais de quatro minutos pra ver um vídeo e aí você imagina se alguém vai parar e tirar uma tarde, uma manhã toda pra ler um livro. Por isso eu acho que as pessoas têm que ter mais calma. Tem que entender e desacelerar um pouco; de poder contemplar a possibilidade de deitar numa rede, ler um livro com calma, tomar um café e saber que aquilo ali é tão novo quanto você assistir um vídeo no YouTube. A leitura, a poesia, a arte, a literatura é atemporal e acredito muito nisso e, com meu livro, é interessante esse processo porque quando eu lancei o meu livro foi quando eu me senti realmente imortal. É como se tudo que eu tivesse feito já pra internet tivesse milhões de visualizações em vídeos lá, mas como se fosse algo fácil de ser esquecido; fácil de ser apagado e no dia que eu lancei o meu livro, que eu segurei no livro, pela primeira vez, eu me senti imortal. Eu disse pronto: “eu vô ser lembrado pra sempre”, sabe? Alguém vai levar esse livro pra casa e vai tá lá; vai tá na estante e daqui há cinquenta anos o filho dessa pessoa, o neto dessa pessoa vai pegar meu livro e vai ler. Então, o conselho que eu dou pra juventude é que leiam; é que se permitam, também, o prazer da leitura.

9. Você concorda com a seguinte frase: “Para ser universal é necessário, primeiro, amar sua aldeia”. Quais as vantagens e desvantagens do regionalismo?

Resp.: Eu acredito muito nessa coisa de que toda cultura ela surge local com potencial pra ser global. Você precisa, sim, ser um embaixador de sua cultura. Eu acredito muito nessa força, sabe? Eu sou um cara apaixonado pela cultura popular nordestina, pela cultura de raiz, regional, do Sertão. Sou o Sertão, vivo o Sertão. Tem um poema meu que eu digo quem esquece de onde veio não sabe pra onde vai eu finalizo o poema dizendo isso. Eu nasci no interior, nunca neguei a ninguém; a terra que a gente vem merece todo amor; lá sorri e senti dor; lá eu fui feliz demais; e sempre que olho pra trás quero voltar sem ter freio, porque quem esquece de onde veio não sabe pra onde vai. Acredito muito nisso sim. Eu que você não pode ser é radical a ponto de se bloquear a novas culturas. Eu sou um cara do interior do Ceará, de uma cidade muito pequena; pra onde eu vou eu carrego a bandeira do interior do Sertão e tal, mas eu sinto uma necessidade muito grande de consumir outras culturas e viver outras culturas, de aprender, de viajar. Até agora eu tive a oportunidade na minha vida de fazer duas viagens internacionais, pra fora do Brasil, e fiquei completamente encantado quando eu senti esse contato de fora, com outras culturas e com a possibilidade espalhar a minha. Então, acho que sim, que você tem que ter esse amor, esse apego pelo seu local. Você tem que ser, sim, um embaixador da sua cultura, porém, sem nunca se bloquear a ser um receptor de novas culturas, e pra que isso, também contribua, com sua bagagem, com sua bagagem humana, espiritual, cultural, enfim, intelectual. Então, eu tenho muito essa coisa da liberdade, sabe? De poder espalhar a minha cultura por onde eu for e por onde eu for, eu também, trazer um pouquinho de onde eu passe.

10. Caminhando para o final de nossa entrevista, quais suas obras publicadas e quanto tempo de carreira?

Resp.: Em abril do ano passado [2017] eu publiquei meu primeiro livro, que se chama Poesia com rapadura pela editora Cene, aqui do Ceará, e foi um momento muito bonito pra mim, como eu falei anteriormente, acho que foi quando eu me senti eterno, quando eu publiquei esse livro. E aí a gente já finalizou o segundo livro; o meu segundo livro [Poesia que transforma] sai agora em agosto pela Sextante, a editora que me abraçou de forma muito, muito carinhosa, com muito respeito, com uma dedicação e que me deixou muito feliz. Eu já acompanhava as obras; eu sou um fã da filosofia da Sextante, então tô muito feliz agora em agosto sai meu segundo livro e tô aí na expectativa muito grande. O livro vai trazer poesia, mas também vai trazer uma narrativa minha, depoimentos de pessoas; está bem bonito.

11. Em nome de todos os leitores do Jornal daBiblio, te agradeço pela gentileza em participar conosco na produção de conhecimento literário. Faça suas considerações finais.

Resp.: Olha, a gratidão é minha, a gratidão de tá tendo esse espaço, como eu disse, por ser de uma cidade muito pequeno, artista popular, eu tive sempre que enfrentar essa barreira da invisibilidade em tudo que eu fazia, então, a cada vez que eu tenho uma oportunidade de falar pra alguém, seja pra uma pessoa ou pra um milhão, em um pequeno estúdio de rádio, no interior ou quando eu estou na maior emissora do país falando pra milhões de pessoas eu sinto esse sentimento de gratidão; essa necessidade de agradecer a Deus por poder compartilhar o meu trabalho, a minha arte, a minha essência, a minha missão. Como eu falei no começo eu tenho isso, hoje, como uma missão e eu tô aqui, agora, tendo essa oportunidade com vocês de falar dessa minha missão, dessa minha luta, da minha história, que uma história que se confunde com a história de tanta gente. Eu não sou nenhum herói. Eu sou alguém que batalhou muito; que correu muito atrás e que buscou oportunidade, e quando as oportunidades apareceram aí eu agarrei e filei com dente mesmo. Então, muito obrigado pelo espaço, tô muito feliz em poder, também, agora fazer parte dessa história e chegar até o coração de mais gente. Tomara que, também, a minha poesia adoce o coração de todos os leitores. Xero.


Rogério Fernandes Lemes
Autor brasileiro com cinco livros publicados. Editor-Fundador do Jornal daBiblio; criador da Biblio Editora e da Revista Literária Criticartes. Presidente-Fundador da Academia Amambaiense de Letras.

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